Passeando pelos sites hoje e pelo twitter achei um texto interessantissimo, e que acho que todas as empresas deveriam adequirir e investir no colaborador, para deixar cada vez mais satisfeito e com que ele trabalhe cada vez com amor no local de trabalho e o que faz... Segue o texto do Portal do Mercado
Domingo. Manhã de sol. Praia de Ponta Negra, Natal/RN. Eu havia prometido para meu filho, na época com 4 anos, que se encontrássemos o vendedor de pipas, compraríamos uma. Algumas semanas antes, ele havia manifestado o interesse pelo brinquedo. Eu até tentei produzir uma em casa, mas minhas habilidades não foram suficientes para fazer com que a pipa cumprisse sua única função: voar. O máximo que ela fazia era rodopiar feito uma biruta, mas sem subir e alçar o vôo que tanto encanta as crianças.
Aconteceu que a minha filha de 3 anos pediu para passear na praia. E lá fui eu com ela, deixando o menino entretido nas brincadeiras de areia sob o olhar seguro da mãe. Quando estávamos longe o suficiente para não sermos vistos, quem é que chega em nossa barraca?
– O vendedor de pipas, Seu Manoel, que já devia estar na casa dos 70 anos, mas caminhava como uma criança, empinando suas pipas coloridas pela praia. Meu filho vibrou de alegria. Eram pulos e gritos de felicidade. Queria todas, obviamente. Não sabia a que escolher. A mãe, paciente, o ajudava na decisão. E Seu Manoel, feliz, a tudo assistia. A mesma cena que sempre se repetia. Pipa escolhida, chegou a hora de pagar. Cadê o dinheiro?
“– Meu filho, seu pai não trouxe dinheiro suficiente, vamos ter que devolver a pipa”, tentava explicar a mãe.
Você já viu uma criança largar um brinquedo escolhido e prometido? Eu nunca. O que acontece nessas situações? Choro. Muito choro. A mãe, desconcertada, não sabia o que fazer, vendo o sofrimento do seu filho por causa de 3 reais que seu marido, distraído (para usar um adjetivo suave), não trouxera para a praia. Ainda bem que eu não estava por perto na hora.
Mas, Seu Manoel tinha a solução: “– Não se preocupe, dona, pode ficar com a pipa. Cada pipa que eu dou para uma criança faz meu coração ficar mais feliz. E assim, Deus me ajuda mais um pouquinho”.
Exatamente, neste momento, em que tudo já estava, pode-se dizer, mais ou menos resolvido, eu retorno à barraca. Depois que minha mulher me contou o ocorrido (estou suavizando esta parte também) e eu paguei a Seu Manoel (com o dinheiro que eu tinha levado comigo), fiquei a refletir sobre a maravilhosa lição de amor e empreendedorismo recebida do humilde vendedor de pipas da praia.
O negócio do Seu Manoel não é vender pipas. É fazer crianças felizes. O produto que ele entrega aos seus clientes não são as lindas e serelepes pipas. Seu Manoel dá amor. A lição de Seu Manoel ficará gravada para sempre no meu coração.
Eu não lembro do nome das lojas onde comprei meu sapato, meu relógio, o fogão e a geladeira lá de casa. Embora seja difícil não ser piegas ou utópico ao discorrer sobre essa idéia, uma coisa é certa: há empreendedores que colocam amor em suas atividades, em seus produtos. Estes são aqueles que deixam seus clientes apaixonados.
Eu solto uma pergunta, tal como uma pipa, no ar: como cliente, quando foi a última vez que você se apaixonou?
Carlos von Sohsten
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